Amor & Dor


Desde quando somos pequenos aprendemos por conta própria a repudiar, ou ao menos evitar, as coisas que nos fazem algum dano, algum mal físico ou mental. Em contra partida, aprendemos a conviver com o desafio da teoria "o proibido é mais gostoso". Acontece que, entre teoria e outra, o nosso inconsciente acaba que nos enganando sem qualquer má intenção, até porque ele é o nosso sistema de defesa mais perfeito, preza por nosso estado físico / mental a todo custo.

Essa arte do inconsciente abrange toda uma perspectiva e o pobrezinho do Platão acaba que se revirando em seu túmulo. Pois é, muitos ainda se enganam acreditando que Platão auspiciava por uma vida de amor não correspondido, que não poderia haver sentimento mais vívido do que uma generosa dor de amor. Enganados! Platão almejava por algo extremamente mais grandioso, acreditem! Ele defendia a idéia de que todo homem deveria ter propriedade de seu próprio horizonte, ciência de suas possibilidades e vontade para desafiar-se nelas... Não ser um emo!

Confesso que há algum tempo estava planejando maquinar este post, só que ter apenas uma amostra específica não seria o suficiente, foi então que nesse final de semana, tive o prazer de ler mais um excelente texto da minha amiga Desplugue-se, surfar em outros blogs "sem nome" e, claro, um material infindável de fotolog. Dor por amor é comum. Comum?


Com base nisso tudo, percebi que essa Dor por um Amor acaba-se que generalizando e perpetuando por toda a raça, sem considerarmos sexo, crenças ou planeta de origem. Acabamos que nos confortando em sofrer por amor e... Espera um pouco! Sofrer por amor? Isso vai de encontro com o que aprendemos desde criança, não? Por quê um coração se daria ao trabalho de prender-se a algo que lhe faz mal? Que não a faz sentir-se viva ou que só te ajude a cavar mais e mais um buraco que não será tão fácil sair. Estranho, não?

Vejo meninas(os), garotas(os) e mulheres/homens lamentando do quão cruel a vida é ou pelo simples fato daquele sorriso não ser mais pra elas(es). Digo, entendo que havendo uma história por de trás disso tudo ou não, dor é dor, independente de tudo! Até levaria em conta essa "dor" ser um mau necessário se vocês o tomassem como combustível para mudar, desenvolver, amadurecer e, novamente, como Platão nos orientou, buscar novos caminhos mais belo, que te façam bem!

Mas não... Ostentam essa dor como base para o dia-a-dia e acham que essa porcaria só agrega coisas boas à vocês! Isso me deixa louco, porque temos que fingir que está tudo bem, que é apenas uma fase e esforçamo-nos em lhe fazer acreditar que um dia isso vai mudar (e vai!), mas em suma... Odiamos o fato de fingir que não ligamos, pois conhecemos pessoas que podem fazer vocês se sentirem únicas(os), vivas(os)!


Entendam que o que nos fazem mal, devemos evitar ou acreditar piamente que podemos mudar, crescer e logo jogar fora todo aquele sentimento que não te agrega nada!

O mais difícil em mudar e continuar é o primeiro passo, o restante é tão mais fácil quanto respirar!

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